Mariana sempre foi uma mulher sonhadora. Aos 32 anos, depois de uma vida marcada por desafios, achou que finalmente havia encontrado o homem da sua vida. O que ela não sabia era que estava prestes a viver o maior pesadelo de sua história. Esta é uma história real de amor, engano e um abandono cruel.
Meu nome é Mariana, tenho 32 anos, e sempre fui apaixonada por histórias de amor. Desde jovem, sonhava em conhecer alguém especial e viver um romance inesquecível. Foi assim que, navegando em uma sala de bate-papo, conheci Lorenzo, um italiano charmoso, educado e que, para minha surpresa, falava português. Ele havia morado em Portugal por alguns anos e dizia ter se encantado com a cultura brasileira.
A partir do primeiro dia de conversa, nos conectamos de uma forma incrível. Todas as manhãs, eu acordava com uma mensagem dele, desejando um bom dia e enchendo minha tela com emojis de flores e corações. Ao longo dos meses, nossa relação foi se intensificando. Trocávamos confidências, falávamos sobre nossos planos para o futuro e, antes mesmo de nos conhecermos pessoalmente, já nos tratávamos como namorados.
Depois de cinco meses de conversas intensas, Lorenzo me fez um convite: ir visitá-lo na Itália. Ele me prometeu uma experiência inesquecível. Disse que já havia alugado um apartamento maior para me receber melhor e garantiu que cuidaria de tudo. A única coisa que eu precisava fazer era comprar minha passagem. E foi o que fiz.
Eu estava ansiosa. Preparei minhas malas com todo o carinho, comprei roupas de frio para enfrentar o inverno europeu e guardei dinheiro para aproveitar a viagem. Mas, nos últimos dias antes da partida, comecei a notar algo estranho. Lorenzo já não falava comigo com tanta frequência. Dizia que estava sem internet em casa e que só conseguia me responder quando estava na rua. Achei esquisito, mas ignorei os sinais.
Na véspera da viagem, fui visitar minha mãe. Ela nunca me apoiou e, ao saber do meu plano, riu na minha cara: “Duvido muito que esse italiano vá te buscar no aeroporto. Você vai perder viagem”. Fiquei furiosa. Como ela ousava colocar uma praga dessas em mim? Respondi que ela estava errada e que essa seria a viagem mais incrível da minha vida.
Na manhã seguinte, embarquei cheia de expectativa. Fiz conexão em Guarulhos e, antes de entrar no avião para Milão, tentei falar com Lorenzo. O telefone caiu na caixa postal. Achei que fosse um problema temporário e deixei uma mensagem avisando que estava a caminho. No voo, sonhei com nosso reencontro e com os momentos maravilhosos que viveríamos juntos.
Mas o que me esperava na Itália era bem diferente.
Assim que desembarquei, peguei minha mala e fui para a área de desembarque, procurando por Lorenzo. Ele havia prometido que estaria lá, me esperando. Dez minutos se passaram. Depois, vinte. Uma hora. Comecei a ligar desesperadamente. Caixa postal. Mandei mensagens. Nenhuma foi entregue. O tempo foi passando e a ficha começou a cair.
Eu havia sido abandonada.
Depois de quatro horas esperando no aeroporto, entrei em contato com meu pai. Ele tentou me acalmar, dizendo que talvez Lorenzo tivesse perdido o telefone ou tivesse tido algum imprevisto. Mas, no fundo, nós dois sabíamos a verdade. Meu pai insistiu para que eu procurasse um hotel e esperasse até o dia seguinte. Quem sabe ele daria algum sinal?
Mas Lorenzo nunca apareceu.
Na manhã seguinte, ainda com uma ponta de esperança, fui checar meu celular. Nenhuma mensagem. Resolvi entrar no Instagram para ver se ele havia postado algo. E foi então que minha última esperança morreu: Lorenzo havia desativado todas as redes sociais. Ele havia simplesmente desaparecido do mapa.
Ali, sozinha em um quarto de hotel em Milão, chorei como nunca antes. O homem que dizia me amar, que me prometeu um futuro, que fez planos comigo, simplesmente me apagou da vida dele. E eu não fazia ideia do motivo.
Queria ir embora imediatamente, mas quando fui até o aeroporto, descobri que minha passagem era promocional. Eu teria que pagar uma multa absurda para voltar antes ou esperar sete dias para remarcar. Sete dias presa em um país estranho, devastada, humilhada e sozinha.
Na noite de Natal, enquanto famílias celebravam, eu estava trancada no quarto de hotel, sem vontade de sair, de comer, de viver. Me perguntava como pude ser tão ingênua. Como pude confiar em alguém que nunca conheci pessoalmente antes?
Quando finalmente voltei ao Brasil, fui recebida pelo meu pai e minha irmã. Mas minha mãe, claro, fez questão de dizer: “Eu te avisei”. Eu não queria dar a ela o gostinho de saber que estava certa, mas no fundo, eu sabia que havia ignorado todos os sinais.
Desde então, nunca mais entrei em sites de relacionamentos. Nunca mais confiei cegamente em promessas feitas pela internet. E nunca mais permiti que um homem me iludisse com palavras bonitas.
Lorenzo desapareceu do mundo virtual. Ele não só me apagou da vida dele, mas parece que nunca sequer existiu. Nunca soube o real motivo por trás do que ele fez. Mas uma coisa eu aprendi: o amor verdadeiro não se esconde, não some, não apaga a existência do outro.
Essa é a minha história. E o alerta que deixo para todas as mulheres: cuidado com os príncipes encantados da internet. Nem tudo o que reluz é ouro. Às vezes, é apenas uma armadilha esperando para destruir seu coração.